Olho a ribeira.
Continua a haver maio mas já não há milho
as noras estão sem alcatruzes
a água está parada
o açude mingou.
De olhos fechados vejo gente
escuto o tic-tac das noras
vozes.
Sonho!...
Um rebanho de cabras desce a encosta
os chocalhos
umas mais afoitas acercam-se da horta.
Uma pedra fende o ar
o Manuel Branco está sentado debaixo duma oliveira.
Ao lado o cão faz-se de morto
de olhos abertos.
António Alves
09/06/2017
Foto/ Arranjo - António Alves.
(...nada como uma boa mesa e boa companhia.)
Continua a haver maio mas já não há milho
as noras estão sem alcatruzes
a água está parada
o açude mingou.
De olhos fechados vejo gente
escuto o tic-tac das noras
vozes.
Sonho!...
Um rebanho de cabras desce a encosta
os chocalhos
umas mais afoitas acercam-se da horta.
Uma pedra fende o ar
o Manuel Branco está sentado debaixo duma oliveira.
Ao lado o cão faz-se de morto
de olhos abertos.
António Alves
09/06/2017
Foto/ Arranjo - António Alves.
(...nada como uma boa mesa e boa companhia.)
Obrigado, António, poeta e artista! Um quadro muito realista da situação actual...
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