O Furacão "Lorenzo" está em vias de começar a atingir os Açores, já para o final do dia 01out.
Acompanhe a evolução, no site do IPMA (comunicados), nas TV's (RTP Açores e outras), nas redes sociais, etc.
Eis aqui imagens de satélite, dia-a-dia, para se perceber a gradual aproximação do furacão:
Imagem do
Lorenzo (zona a vermelho, à esquerda), em 28set, às 06H.
E, passadas 24h, já está um pouco mais a N.
Já está a mover-se para NE e vai começar a aumentar a velocidade de deslocamento...
A sua localização, em 30set - 06h.
Dia 01out: o Furacão já se desloca mais rapidamente para NE.
Vai aproximando-se do Arquipélago...
O centro do Lorenzo vai passar mesmo a W do Grupo Ocidental (Flores e Corvo). Ao final do dia, começará a fustigar os Açores. A noite e a madrugada/manhã vão ser complicadas!... Especialmente no respeitante ao vento e ondulação. A precipitação também pode ter, pontualmente, alguma intensidade, susceptível de gerar enxurradas...
Na tarde de amanhã, 02out, com o rápido deslocamento em direcção à Irlanda, a situação no Arquipélago vai regressar à normalidade. Depois, contabilizar e reparar os estragos...
Desejamos que, além dos inevitáveis prejuízos materiais, não haja fatalidades!
Portanto, toda a precaução e cuidado são necessários...
Editado, às 08h do dia 02out:
Tal como se previa, foi entre as 4 e as 6 horas da manhã que o "Lorenzo" esteve mais próximo das Flores e Corvo:
Então, o centro do furacão já passou, a menos de 100 quilómetros a W das Flores e Corvo! Está agora a mover-se mais rapidamente para NE, afastando-se do Arquipélago. É agora de cat. 1 e passará, dentro de horas, a ser considerado extra-tropical.
Na imagem de satélite das 06h, nota-se bem a desorganização da sua estrutura, sinal do seu enfraquecimento:
O Lorenzo, a desorganizar-se, agora já centrado a NW do Arquipélago.
A melhoria gradual vai sentir-se no vento e precipitação; apenas mais tarde, na ondulação...
Estragos:
Devida à pouca precipitação caída, parece não ter havido enxurradas! Mas os ventos fortes, com rajadas, chegaram a atingir valores entre 140 e 150 km/h., nas ilhas do Grupo Ocidental. A ondulação e agitação do mar fizeram os maiores estragos, apenas danos materiais, como se mostra a seguir:
Finalmente, convém referir que, desde que os Ciclones Tropicais são seguidos regularmente pelos Centros/Serviços meteorológicos para isso vocacionados (e com a ajuda de imagens de satélite), nunca um Furacão, nestas latitudes, tinha atingido o grau 5 (cat. 5), o mais elevado da classificação (Saffir-Simpson).
Depois de se ter tornado Furacão, em 25set, foi gradualmente ganhando intensidade e, no dia 29, atingiu o máximo. Nas proximidades dos Açores, já estava bem mais fraco, em cat. 2 ou 1. Cerca de 9 a 10 horas depois, passou a depressão extra-tropical.
Eis o seu registo: