Tinham passado muitos meses (quase 15, quando criei este artigo), desde que foi detectada a primeira morte atribuída à doença COVID-19, em Portugal.
Começamos agora a ter uma melhor percepção da evolução e das diversas fases e do número de "vagas" da pandemia.
Os valores têm sido revistos, com pequenas diferenças pontuais...
Assim:
Mortes, por mês:
Março/2020 - 214
Abril - 873
Maio - 345
Junho - 150
Julho - 159
Agosto - 89
Setembro - 153
Outubro - 571
Novembro - 2034
Dezembro - 2398
Janeiro/2021 - 5804 - (máximo mensal)
Fevereiro - 3557
Março - 502
Abril - 117
Maio - 49 - (mínimo mensal)
Junho - 76
Julho - 272
Agosto - 382
Setembro - 223
Outubro - 184
Novembro - 303
Dezembro - 519
Janeiro/2022 - 1003
Fevereiro - 1115
Março - 648
Abril - 593
Maio - 871
Junho - 986
Julho - 466
Agosto - 233
Setembro - 179
Outubro - 219
Novembro - 227
Dezembro - 278
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Mortes, por trimestre:
1.º trimestre/2020 - 214
2.° trimestre - 1368
3.° trimestre - 401
4.° trimestre - 5001
1.° trimestre/2021 - 9864
2.° trimestre - 242
3.° trimestre - 877
4.° trimestre - 1007
1.º trimestre/2022 - 2766
2.° trimestre - 2450
3.° trimestre - 878
4.° trimestre - 724
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Mortes, por ano:
2020 - 6984
2021 - 11 990
2022 - 6822
2023 - 1298 (até 18ago) - valores a partir de dados obtidos no site "
worldometers".
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Doentes internados em UCI:
- 15mar20 - 9
- 23mar - 47
- 01abr - 230
- 01mai - 154
- 01jun - 64
- 01jul - 64
- 01ago - 40
- 01set - 44
- 01out - 107
- 01nov - 284
- 01dez - 521
- 01jan21 - 483
- 01fev - 865
- 05fev - 904 (recorde - máximo de toda a pandemia)
- 15fev - 784
- 01mar - 469
- 15mar - 231
- 01abr - 129
- 15abr - 109
- 01mai - 84
- 15mai - 71
- 29mai - 49 (mínimo do ano - da Primavera)
- 01jun - 50
- 15jun - 79
- 30jun - 120
- 01jul - 113
- 15jul - 174
- 29jul - 208 (o máximo, desde meados de Março)
- 31jul - 195
- 03ago - 204
- 15ago - 157
- 18ago - 139
- 21ago - 145
- 22ago - 152
- 25ago - 144
- 26ago - 150
- 28ago - 143
- 30ago - 149
- 31ago - 136
- 02set - 140
- 03set - 136
- 06set - 140
- 09set - 127
- 10set - 118
- 11set - 121
- 13set - 119
- 14set - 116
- 15set - 119
- 16set - 103
- 17set - 97
- 20set - 82
- 23set - 75
- 24set - 76
- 25 e 26set - 83
- 27set - 79
- 30set - 66
- 04out - 68
- 07out - 57
- 08out - 52 (mínimo do Outono)
- 11out - 58
- 15out - 55
A partir de agora, reportarei (em princípio), apenas no meio e fim de cada mês.
- 31out - 59
- 15nov - 76
- 30nov - 116
- 15dez - 150
- 31dez - 145
- 15jan22 - 163
- 31jan - 160
- 15fev - 147
- 28fev - 102
- 07mar - 81
Alterado, em 18mar2022: de agora em diante, a publicação não terá data fixa (mais frequentemente, a cada 2 semanas)...
- 14mar - 66
- 28mar - 64
- 07abr - 61
- 25abr - 49 (mínimo da Primavera)
- 09mai - 59
- 23mai - 99
- 06jun - 108
- 20jun - 85
- 04jul - 72
- 18jul - 49
- 01ago - 48
- 15ago - 39
- 29ago - 36
- 12set - 27
- 26set - 26
- 03out - 20 (mínimo do ano)
- 10out - 28
- 17out - 32
- 24out - 35
- 07nov - 34
(Sem dados, depois desta data!)
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ÓBITOS: A DGS passou a divulgar os dados epidemiológicos apenas às sextas-feiras, sendo que não apresentam o número diário de óbitos, mas o total verificado entre cada terça-feira e a segunda-feira seguinte. Assim,
- de 1 a 7mar2022: 162
- de 8 a 14mar: 124
- de 15 a 21mar: 140
- de 22 a 28mar: 144
- de 29mar a 4abr: 152
- de 5 a 11abr: 145
- de 12 a 18abr: 139
- de 19 a 25abr: 119
- de 26abr a 02mai: 125
- de 03 a 09mai: 142
- de 10 a 16mai: 191
- de 17 a 23mai: 230
- de 24 a 30mai: 220
- de 31mai a 06jun: 292
- de 07 a 13jun: 256
- de 14 a 20jun: 239
- de 21 a 27jun: 146
- de 28jun a 04jul: 123
- de 05 a 11jul: 119
- de 12 a 18jul: 109
- de 19 a 25jul: 72
- de 26jul a 01ago: 66
- de 02 a 08ago: 62
- de 09 a 15ago: 43
- de 16 a 22ago: 36
- de 23 a 29ago: 43
- de 30ago a 05set: 47
- de 06 a 12set: 36
- de 13 a 19set: 34 (mínimo)
- de 20 a 26set: 41
- de 27set a 03out: 45
- de 04 a 10out: 36
- de 11 a 17out: 46
- de 18 a 24out: 47
- de 25 a 31out: 53
- de 01 a 07nov: 44
(Sem dados, depois desta data!)
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Daqui se constata que houve uma primeira "vaga" da doença, de Março a Maio de 2020, seguida dum decréscimo, no terceiro trimestre e no princípio do quarto.
O número de fatalidades aumentou bastante nos 2 últimos meses do ano, mas foi em Janeiro e Fevereiro de 2021 que se acentuou a maior vaga.
A este tão grande número de vítimas mortais no início do ano não é alheia a dificuldade (incapacidade?) das estruturas de saúde em dar resposta... Chegou a haver 904 internados em UCI, no dia 05fev2021. E as imagens mostradas na comunicação social, com superlotação de doentes, para entrarem e serem atendidos no SNS, condições em que se mantinham internados, etc., de certeza que irão ficar nas nossas memórias, como reveladoras dum (quase) caos e do SNS à beira da ruptura!...
O confinamento (com teletrabalho, uso obrigatório de máscaras, medidas de higienização) produziu efeito de início. Mas alguns avanços e recuos no confinamento/desconfinamento alteraram a evolução.
Depois, a vacinação, que desde os últimos dias de 2020, se começou a efectuar, primeiro lentamente, pouco ou nada fez abrandar esse caos, no início de 2021. Mas os resultados positivos começaram a aparecer, nos números de casos diários ou activos, nos internamentos, em UCI e mortes, gradualmente das idades mais altas para baixo, quando aumentou significativamente o número de vacinados.
Mas a situação começou a piorar, particularmente nalgumas regiões (AML - Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e AMP - Porto)... O desconfinamento (quase total) e o alastrar das variantes com mais transmissibilidade fizeram perigar os números...
Até ao final de jun/21, podia dizer-se que houve em Portugal 2 ou 3 vagas, mas parece cada vez mais evidente que, em Julho e Agosto, entrámos numa quarta vaga (mas muito menos acentuada). Será que agora (final de Setembro e Outubro) se está a dominar?
Em 13set2021, Portugal ultrapassou mais de 1 milhão de recuperados (contabilizados) da infecção pelo vírus SARS-Cov-2.
E, entretanto, começou a falar-se duma quinta vaga, para este Outono/Inverno (2021/22), o que parece confirmar-se com o aumentos dos números, em nov/dez e, principalmente em Janeiro...
No dia 18jan2021, Portugal ultrapassou os 2 milhões de casos (reportados). Em 09fev, os 3 milhões. Em 10mai, os 4 milhões. E, em 14jun, os 5 milhões de casos...
Em mai/2022, há quem considere que entrámos na sexta vaga, quando foram ultrapassados os 4,5 milhões de casos, o que significa que entre 40 e 50 por cento da população já teve COVID-19... Em out/22, são já mais de 5,5 milhões de casos...
Felizmente, a gravidade das infecções não é tão grande como nas primeiras "vagas", seja pelo facto da elevada vacinação ou das novas variantes e linhagens...
NOTA: em 05mai2023, a OMS declarou que a pandemia de COVID-19 deixou de ser "uma emergência de saúde global"...
Não vou alongar-me, pois penso que se deve deixar para os especialistas/epidemiologistas o estudo exaustivo da matéria...