...
Meio Dia…
O sol aquece
e esquece a sombra
que parada dorme
na solidão das horas.
O gado descansa
debaixo da árvore
que abrasada esconde
e mata o sol.
No silêncio da água
quente, parada
a rã saltitona
entra nos juncos
e canta afinada
um som dormente.
Os frutos maduros
dão vida ao pastor;
o cão acordado
aguarda a partida.
As ervas crescem,
a vida renova-se
na minha ribeira.
O moinho parado
relembra outros tempos.
O verão e as cabras.
A sesta e os pastores.
António Alves
20/04/2013"